Pesquisa mostra que mais de 40% das pessoas utilizam apenas informações da internet como diagnóstico
Uma pesquisa recentemente divulgada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) – entidade de pesquisa e pós-graduação na área farmacêutica – mostrou que, atualmente, 40,9% dos brasileiros realizam um autodiagnostico de seus sintomas com base em informações disponíveis na internet.
A maior parte desse público é jovem, entre 16 e 34 anos, e após sua própria conclusão, acabam não procurando ajuda médica para confirmar as suspeitas. Mais perigoso do que isso é que comumente, além das pessoas fazerem suposições de suas condições de saúde, elas ainda se automedicam com remédios de prateleiras de farmácia.
Os riscos
De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), existem dois problemas sérios relacionados a essas atitudes:
Efeitos colaterais ou interação medicamentosa da automedicação
Retardo do diagnóstico correto
No primeiro caso, por mais que esses remédios que não precisam de prescrição não possuam potencial para causar dependência, eles não são indicados para doenças graves e podem mascarar os sintomas. E, por serem recomendados para uso de curto período de tempo, perdem sua eficácia caso sejam usados excessivamente sem necessidade.
Além disso, um medicamento pode ter diferentes efeitos em cada pessoa. Se combinado a outras medicações que esse paciente já toma ou, dependendo do caso, com alimentos, bebidas e até suplementos consumidos, os sintomas iniciais podem ser acentuados ou os efeitos colaterais podem se tornar realmente nocivos para a saúde.
No entanto, o maior problema de todos ainda é a possibilidade de estar adiando uma consulta necessária que poderia diagnosticar uma doença mais grave precocemente. Um sintoma simples pode estar associado a quadros sérios que o paciente nem imagina e ele perde a chance de um melhor prognóstico, colocando sua própria saúde em risco.
Informação x consciência
A internet é a maior fonte de informação nos dias de hoje e para os profissionais da saúde não é um problema que o paciente cheque seus sintomas antes e depois da consulta. Se informar o máximo possível sobre sua condição também é um modo de cuidar de si mesmo.
O importante é apenas entender que esse mecanismo não pode ser usado no lugar do diagnóstico médico e muito menos para iniciar tratamentos por conta própria. Dessa forma, você protege a sua saúde e garante sua qualidade de vida.
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