Estou há 8 anos na Latinmed, mas a agência existe há quase 30 anos. É claro que as demandas mudaram muito de lá para cá, mas produção de conteúdo em saúde sempre foi a nossa principal contribuição.
Antigamente erámos solicitados para produzir conteúdos impressos, como folders, cartilhas, panfletos, flyers, banners, tudo para conseguir chamar atenção da população para os cuidados com a saúde. Estes materiais eram desenvolvidos para laboratórios, hospitais, clínicas e consultórios médicos. Além de educar a população sobre a importância da aquisição de melhores hábitos de vida, os materiais tinham o propósito de educar também com relação a um procedimento ou tratamento médico, para diminuir a angústia do paciente ao aumentar o seu entendimento sobre os processos envolvidos.
Selecionávamos a dedo os melhores jornalistas, aqueles que tivessem uma linguagem fluida e cativante, e um vasto conhecimento na área da saúde. Depois do conteúdo escrito, passávamos por duas revisões, uma clínica e uma de ortografia. Era trabalhoso, mas a qualidade do conteúdo estava intimamente relacionada a habilidade do jornalista. Aquele que produzia um bom conteúdo, com clareza e bem embasado, voltado ao seu público-alvo, tinha seu trabalho reconhecido.
Eis que surge o Google e nosso mundo vira de ponta cabeça. Claro, não foi de uma hora para outra, mas com certeza, antes mesmo de lançarem a ferramenta de busca, já imaginavam que o futuro teria que se adequar às suas regras, para que eles conseguissem monitorar os conteúdos disponíveis na internet e levar aos seus usuários o melhor de acordo com cada perfil.
Por que o Google mudou tudo?
E agora vou explicar por que ele virou nosso mundo de ponta cabeça contando uma história verídica que aconteceu comigo há poucos dias. Estava conversando com a minha mãe (fundadora da LM, médica e redatora, especialista em comunicação médica para a população leiga por Harvard com apenas 30 anos escrevendo e revisando textos), e questionei o que ela achava de um texto que estávamos preparando para enviar a um cliente. Ela disse que achou truncado (muitos blocos de texto, quebra de parágrafo com bullets), com repetição de informação e título pouco chamativo. O que ela não imaginaria é que o Google teria dado uma pontuação excelente ao texto.
Antes de consultá-la, eu havia colocado o texto em uma plataforma que avalia a sua qualidade seguindo as regras de SEO (Search Engine Optimizer) – regras definidas pelo Google para fazer a leitura do seu conteúdo ou site. E, gente, acostumem-se: não tem mais como correr contra a maré. Ou você faz um texto bem indexado no Google, ou infelizmente ele não tem relevância alguma na internet.
Aí vocês vão me dizer que fazem conteúdos com alto engajamento e não entendem de regras de SEO. E eu te digo: que bom, mas saiba que é por tempo limitadíssimo. A principal estratégia hoje de marketing digital da maioria das empresas é a aposta em conteúdos engajadores, e SEO é fundamental para dar mais visibilidade ao texto em comparação com outros que versam sobre o mesmo tema.
Como se atualizar?
Os conteúdos impressos estão cada vez mais obsoletos (apesar de eu achar que eles ainda têm um papel fundamental – dependendo do público e do objeto da comunicação, mas deixo esse assunto para outro artigo). Hoje, 90% dos conteúdos produzidos são voltados a sites, blogs e redes sociais. O lado bom é que nosso perfil de cliente está muito mais abrangente.
Antes nos limitávamos ao universo restrito de empresas e pessoas associadas a saúde (médicos, profissionais da área da saúde, laboratórios, hospitais e assim por diante). Hoje atuamos com empresas de diversos ramos, seja buscando um bom conteúdo em saúde para melhorar hábitos de sua equipe ou pensando em conquistar clientes por meio da sua visão atual e sustentável sobre o sistema de saúde e cuidados com a qualidade de vida da população.
E um bom jornalista, para fins de engajamento de conteúdo, não é aquele que tem a escrita excelente. É aquele que, além da escrita excelente, conhece a fundo os “segredos” do Google. Acompanho o trabalho no dia a dia destes jornalistas, e é tão mais complexo, que eles gastam no mínimo o dobro do tempo para elaborar um texto. A nossa entrega, portanto, não se limita mais a uma ou duas laudas, e sim a uma estratégia de engajamento. Afinal, queremos atingir o público-alvo do nosso cliente com este trabalho, e eles nos cobram por isso.
Querem algumas dicas básicas para ter relevância na internet?
Toda a estrutura do texto conta
Como você monta seu título e seu subtítulo, o tamanho do seu texto e o número de palavras-chaves de destaque e de vezes que elas aparecem são fundamentais para atender as regras de SEO (existem diversos sites que podem te ajudar com isso, eu particularmente gosto bastante das explicações da RD)
Elementos como hiperlinks
Eles levam para outro conteúdo complementar no seu próprio site e são de extrema importância para o SEO e também para o seu público, que saberá para onde ir caso queira mais informações.
Descrição da imagem
Escolha uma imagem que combine com o assunto abordado e dê um nome a ela dentro do seu site/blog, pois uma imagem com o nome de “image”, por exemplo, é uma desvantagem no rankeamento.
Assine seu conteúdo
Conteúdos assinados possuem mais autoridade, e são considerados mais relevantes pelo Google.
Resumindo, querendo ou não, o Google passou a ter uma enorme influência sobre todos nós. Fica mais fácil quando a gente entende e aceita, porque fato é: ele está contribuindo muito para que a gente consiga alcançar e impactar de forma mais assertiva nosso público-alvo.
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Este artigo foi publicado originalmente no perfil do LinkedIn da Gabriela Ruegger.